Era uma vez um país mergulhado em profunda recessão, corrupção, disputas de poder, aberrações políticas, imoralidades, práticas escusas e polaridades inconciliáveis.
Era uma vez um país que, cheio de otimismo e ilusão, ousou sonhar com um governo mais social, justo e comprometido com mudanças. De fato. Necessárias e desejadas.
Era uma vez um país que comemorou a democracia recém conquistada com esperanças de transformação e prosperidade.
Era uma vez um país condenado a uma ditadura cruel e criminosa. E silenciada por torturas indizíveis.
Era uma vez um país que precisou experimentar repúblicas para aprendê-las. Ou desaprendê-las.
Era uma vez um Império que declarou-se República para decidir os seus rumos incertos.
Era um vez um Império que aboliu a escravatura apenas numa pena de caneta.
Era uma vez um Reino Unido que bradou o seu grito de (in)dependência às margens do Rio Ipiranga.
Era uma vez uma Colônia que recebeu a corte portuguesa com status inebriante de Reino Unido.
Era uma vez uma Colônia que massacrou insurreições promovidas - ironicamente - a seu próprio favor.
Era uma vez Capitanias Hereditárias que expulsaram invasores que atentavam contra suas riquezas.
Era uma vez uma Colônia que desmembrou-se em favorecimentos de poder chamados Capitanias Hereditárias.
Era um vez expedições e expedições de reconhecimento de riquezas. De tantas riquezas que nem se podia dar conta.
Era uma vez um terra próspera e abençoada povoada por índios e que foi brutalmente dominada, subjugada e explorada.
Era uma vez três caravelas - Pinta, Nina e Santa Maria - que, durante uma calmaria...
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