sábado, 27 de janeiro de 2018

Lady Cookie.




Essa é a Cookie. Lady Cookie. Ela foi meu (????) presente de Dia das Mães em 1999. Morávamos no Rio nessa época e eu tinha vindo a São Paulo resolver alguns problemas da nossa casa aqui. Cheguei tarde e exausta de volta ao Rio e encontrei o meu quarto trancado. Sem pensar muito, fui dormir no quarto da Marina e lembro vagamente de ouvir um chorinho, mas nem de longe podia supor que fosse na minha casa! No dia seguinte, ao acordar, ganhei essa figurinha de presente que, claro, tinha passado a noite trancada no meu banheiro para que não a visse! Era uma filhotinha linda! E tão pequenininha perto do Trovão, o outro labrador preto que já tínhamos.

A Cookie apresentou um sangramento logo nos primeiros dias e nunca soubemos ao certo  o que foi. De cio precoce a infecção bacteriana, essa cachorrinha deu trabalho! Eram 2 idas diárias ao veterinário para injeções e contagem hormonal. O resto do dia, colo. Foi assim que conheci vários veterinários no Rio, clínicas de ultrassonografia veterinária, injeções, antibióticos e etc. E a Cookie no colo.

Quando ficou boa, pode, finalmente, aproveitar o espaço da casa e, principalmente, a companhia do Trovão, de quem se tornou sombra. Até ele se tornar sombra dela! Ela fazia o que queria dele! Comia a sua comida, deitava no seu tapetinho, bebia a sua água. Era a rainha absoluta! Fazia as artes e corria com cara de santa pra não ser pega. Sobrava sempre pra ele, bobalhão, que não tinha malícia alguma e apenas nos olhava com a sua cara tão típica de desamparado.

A Cookie era mesmo uma lady! Deitava-se languidamente no jardim, sempre com as patinhas dianteiras cruzadas. Gostava de mergulhos na piscina de madrugada. Comia com elegância - a comida do Trovão! Mas não gostava de banho. Quando eu chegava com a toalha e o shampoo, o Trovão corria na minha direção. E ela corria na direção oposta!

Quando vendemos a casa, foram os três - nessa altura já tínhamos também a Mel, outra labradora chocolate - para o sítio do Fernando em Minas. E lá viraram cachorros de roça. Trovão morreu. Mel morreu. E Lady Cookie viveu longos quase 16 anos, embora já muito debilitada nos últimos anos. 

Nossa Cookinha se foi em 27 de janeiro de 2015, encerrando a era Trovycooksmel,  como os meus filhos chamavam o trio. 

Hoje, ao lembrar os três anos de sua partida, encho-me de ternas lembranças, de amor e agradecimento pelo tanto que ela enriqueceu Daniel e Marina, pelo tanto que eles aprenderam sobre doação e carinho e pelo tanto que recebemos - todos!

E penso em uma constelação de 3 estrelinhas piscando juntas e felizes! Com Lady Cookie, obviamente, dando todas as ordens! 

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