domingo, 2 de dezembro de 2018

Festas das Luzes.









A comunidade judaica celebra, a partir de hoje e por oito dias, o Hanuká, conhecido como a Festa das Luzes. A celebração lembra a expulsão dos gregos de Jerusalém em 160 a.C. Após a retomada do Templo, totalmente destruído, era necessário reacender a Menorá, o tradicional candelabro de oito braços. No entanto, só havia azeite para mantê-lo aceso por um dia. Milagrosamente, a chama manteve-se por oito dias, tempo suficiente para produção de novo azeite. Por isso, Hanuká é celebrado durante oito dias, sendo que, a cada noite, uma vela é acesa.

Coincidentemente, a comunidade católica também inicia  hoje o período litúrgico do Advento. Observado durante as quatro semanas que antecedem o Natal, o Advento é caracterizado pela purificação e preparação para o nascimento de Jesus. Seu símbolo é uma coroa de ramos, cuja forma circular representa a eternidade e cuja cor verde remete para a esperança e a vida.  Há também na coroa quatro velas, chamadas de círios,  que são  acesas uma após a outra nos quatro domingos do período.

Religiões à parte, há simbolismo mais lindo do que as luzes de dezembro? Todas as formas de luzes? Metafóricas ou reais?

Luzes reluzem cintilantes. Muti-colorem. Ou prateiam. Piscam-piscam. Brilham incansáveis. Ou apenas flamejam. Céu-estrelam, como mágica, ruas, janelas, jardins, vitrines chamativas, casas decoradas, árvores enfeitadas, mesas convidativas e candelabros de nove braços. Luzes criam sonhos e fantasias. Renovam fé e esperança. Resgatam inocência e ingenuidade. Promovem generosidade e solidariedade. Luzes encurtam distâncias. Aproximam no coração. Fazem as pazes. Esquecem diferenças. Cultivam afetos. Acalantam saudades. Cuidam, presenteiam, agradam, lembram. Luzes iluminam. Apontam caminhos. Guiam. Revelam mistérios. Desvendam o desconhecido. E, sob a luz do conhecimento, temores se dissipam e angústias se acalmam.

Em tempos de luzes, mergulhamos na nossa própria escuridão. E encontramos aquela chama tênue que jamais se apaga. A chama que nos faz especiais e únicos. Que nos torna fortes. Que lembra a nossa história. Que cura feridas. Que reconhece nossas conquistas. Que nomeia quem trazemos no coração. Que embala amores. Que impulsiona oportunidades. Que desconhece limites. E inunda-nos de sol incandescente.

As velas de Hanuká e do Advento flamejam suas primeiras chamas.... As luzinhas do Natal começam a cintilar... Que elas se reflitam em nós! Em todos nós! E que seus brilhos nos sejam emprestados para que todos brilhemos! Para que, numa corrente única e cada vez maior, cresçamos no conhecimento e na consciência! E vivamos na paz e no amor!

Felizes Luzes!





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