O primeiro calçado de que se tem registro data de 2000 a 3000 a.C. Foi no Egito e era uma sandália, cuja base era formada por tranças e cordas e raízes e uma alça presa nas laterais, passando pelo peito do pé.
De lá pra cá, os sapatos ganharam formas, texturas e utilidades variadas, tornando-se o maior objeto de desejo do imaginário feminino. Sapatos, não maçãs, são a verdadeira tentação das Evas, e por quem qualquer paraíso é facilmente abandonado!
O Bata Shoe Museum em Toronto - na minha opinião, entre os dez museus imperdíveis do mundo - conta a história dos sapatos ao longo de 4.500 anos da história da humanidade. Começa pelos primeiros exemplares, basicamente utilizados para proteção e aquecimento; mostra características étnicas, regionais e culturais; passa pela sofisticação da França renascentista, pelo mistério chinês até chegar aos dias atuais. São mais de 12.000 artefatos com histórias curiosas e interessantes. Lá, por exemplo, está o sapato que a Rainha usou em seu casamento. Pode-se ver, também, a coleção de sapatinhos de Cinderelas ao redor do mundo em suas versões indianas, africanas e asiáticas.
Seja como for, e independentemente da mecanização na fabricação de sapatos, o sapateiro ainda é o artista que cria e dá forma à identidade feminina. E deles depende a perpetuação dos sonhos reluzentes de Cinderelas!
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