segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

"Chewie... We're home!"




Eu tinha 19 anos quando Star Wars estreou,  mudando a história do cinema e criando a legião de fãs que atravessa, fiel, quase 4 décadas !Paisagens inóspitas, personagens inusitados, efeitos especiais surpreendentes e a saga, jamais superada,  da Força vital que busca o seu equilíbrio entre o seu lado de luz e o seu lado obscuro.

Luke Skywalker, Princesa Leia, Han Solo e suas extensões  R2D2, C3PO, Chewie,  contrapostos aos mistérios e conflitos de Darth Vader, construíram imaginários referenciais da minha geração. Jedis, sabres de luz,  a Força intuitiva e a sedução de seu lado obscuro foram/ainda são  conceitos moldadores de caráter e de espelhamento.

A primeira trilogia inovou por começar a história pelo meio, deixando abertas as possibilidades do antes e o depois. Mas, ainda assim, completa e fechada em si mesma.

Em 1999, dezesseis anos depois, portanto, do  Episódio VI (O Retorno do Jedi), fui com meus filhos, pré adolescentes de respectivamente 11 e 10 anos, ver O Episódio I  - A Ameaça Fantasma. A excitação para conferir "o início de tudo" foi frustrada nesse e nos episódios subsequentes.  Sem os elementos que fizeram o sucesso da trilogia inicial, a saga esvaziou sem a mesma  resposta e impacto.

O Episódio VII - O Despertar da Força vem resgatar e reativar a identidade  e essência do verdadeiro Star Wars,   permitindo a reconexão das gerações anteriores, ao mesmo tempo em que  conecta as novas gerações.    Que feliz escolhas! Que transição bem feita! Que equilíbrio entre ação e emoção!

Referência e reverência. Essas são as palavras que definem a tão esperada continuidade! Renovação sustentada pelos acertos do passado. Protagonismos cedidos como ponte para o futuro. E é assim que a independente e destemida  Rey,  o cômico e preocupado Finn,  o leal e determinado Poe e o complexo, perturbado  e intempestivo Kyle Ren estabelecem novas referências para desdobramentos futuros. Um time de jovens atores extremamente talentosos e que assumem os seus espaços  com consciência e competência.  Menção também para o carismático androide BB-8! Que personagem delicioso!

Mas o maior mérito para a transição suave e acolhedora foi, sem dúvida, a sustentação dos ícones da trilogia original. Obi Wan Kenobi, Princesa Leia, Luke Skywalker, C3PO, R2D2, Han Solo e Chewbacca são o conhecido. O sabre de luz tão familiar e a nave antológica Millenium Falcon atravessando a velocidade da luz são o porto seguro.

Neles, reconhecemos a saga. Neles,  reconhecemos nossos mitos, Com eles, torcemos pelo novo, pelo porvir.  E é assim que sentimos a Força -  tal como a conhecemos - despertar em nós e em si mesma.

E à primeira aparição de Han Solo e Chewbacca, emocionada, me senti verdadeiramente em casa!




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